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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Desindustrialização + Profissionalização

Por um lado a economia brasileira vê sua problemática recessão e, já há alguns anos, escuta o clamor dos empresários do setor secundário pedindo ajuda ao governo contra a crescente desindustrialização. Por outro lado, não somente no Brasil, se vê um desenvolvimento constante dos escritórios profissionais - o setor terciário avança a ponto de que alguns chegam a falar numa economia "quaternária", de negócios totalmente baseados no conhecimento.
Seja como for, para os líderes que me lêem, saibam que simultaneamente à diminuição de oportunidades na indústria crescem as oportunidades nos serviços.
E o mundo dos serviços profissionais, onde eu atuo, representa em nosso país um fruto verde, pouco maduro, que requer muita apropriação de conteúdo e de técnicas gerenciais para o fortalecimento dos negócios, num sentido, e das pessoas, os próprios profissionais, em outro sentido. A empresa tem de ser lucrativa. Mas as pessoas que ali trabalham é que podem viabilizar isso. Especialmente num mundo intensivo em conhecimento, o capital intelectual é fator crítico de sucesso. E o papel dos líderes, dos bons líderes, deve ser considerado.
Qual o tamanho do setor de serviços no país? Mais de 70% do PIB. E deve crescer essa proporção por conta da desindustrialização. É efeito, desse ponto de vista, de um problema. Não seria oportuno olhar para o lado bom da história? Precisamos avançar na produtividade e na qualidade dos serviços e, fazendo isso, podemos vislumbrar sua importância aumentando e isso seria o ponto de vista positivo. Não pelas perdas da indústria, mas pelos ganhos dos escritórios! Essa é a bandeira que ergo e exponho aos líderes do pós-industrial!
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Se você trabalha em um escritório de advocacia, arquitetura, contabilidade, numa empresa de engenharia, software, ou numa agência de design ou de comunicação, pense em como sua liderança pode influenciar não somente os seus colegas e clientes, mas, no longo prazo, boa parte da economia brasileira.
Você acredita em livros, ou acredita só em máquinas? Bem, pelo menos acredite nas pessoas...

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