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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Pode ser importante

Coincidência. Estava eu assistindo a uma aula de um curso à distância da Darden School, da Universidade da Virginia nos EUA e o professor pedia que respondêssemos à pergunta "o que torna os profissionais de sua empresa felizes"; logo depois, ao voltar à leitura do livro "Inverno no Mundo" li sobre a personagem Dayse, uma norte-americana que vivia na Inglaterra. Nesta passagem, ela estava ajudando os feridos atingidos pelos bombardeios nazistas em Londres. Dizia-se feliz apesar da situação crítica que vivia naquele momento. O autor, Ken Follet, pela boca de sua personagem, mostrava que a felicidade estava em dar um sentido para a vida, fazendo algo útil e bom para outras pessoas. Eu havia respondido à pergunta do professor Edward Hess, da Darden School, de forma muito semelhante. Mencionei a importância de sermos parte de algo maior, de sabermos que fazemos a diferença, que ajudamos outras pessoas e que, sobretudo, temos nossa identidade ligada a um ideal de vida.
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Coincidências nos levam a entender as coisas de um modo misterioso, como se a natureza utilizasse essa linguagem para indicar coisas importantes...
Se para você, leitor, este assunto é uma coincidência (ou porque estava pensando sobre o sentido da vida ou porque estava questionando o significado do que tem feito profissionalmente ou porque estava refletindo sobre sua felicidade) leve-a à sério. Pode ser algo importante.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A Equação da Confiança

Imagine uma fórmula matemática para saber como estabelecer confiança com outras pessoas.
Lendo o excelente livro "The Trusted Advisor" de Maister e Green, vemos uma interessante proposta de como estruturar uma visão assim.
A equação seria: T = CRIS/SO,
ou
TRUST = (CREDIBILITY + RELIABILITY + INTIMACY) / SELF ORIENTATION
Vamos à explicação...
No inglês, "credibility" e "reliability" podem ser ambas traduzidas por credibilidade, mas há uma sutil e importante diferença. A primeira se refere mais à capacidade de mostrar conhecimento sobre algo, a segunda à uma capacidade de fazer as coisas. (Seria mais ou menos como as dimensões teórica e prática da credibilidade.) E "intimacy", que é facilmente traduzido como intimidade, se refere à proximidade emocional com a outra pessoa.
Estes três primeiros elementos se somam, e à medida que crescem, favorecem a confiabilidade. Agora vejam, "self orientation", ao contrário, deve ser a menor possível. Significa que quanto menos nos importamos com a gente mesmo, tanto melhor. Ou seja, quanto menos egoísmo, mais confiáveis somos. Quanto mais dedicamos atenção ao outro, mais ele confia em nós. Óbvio, não?
Os autores dizem ainda que a confiança depende de tempo. Assim, precisamos de paciência para mostrar credibilidade (com conhecimento e com fatos) e gerar intimidade com as pessoas. O que não precisa de tempo é a orientação altruísta. Isso pode ser já!
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Confiar (do latim, confiare), significa dar fiança. É doar e não pedir algo. Podemos ser o mais confiáveis que conseguirmos ser. Mas nunca podemos pedir confiança. Gostei da equação por que deixa isso evidente...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A Primeira Grande Guerra

O insólito assassinato do herdeiro ao trono austro-húngaro foi o estopim de uma guerra que matou milhões na Europa. Início do século XX; segundo muitos estudiosos, o mais violento da história da humanidade.
A rapidez com que as potências europeias mobilizaram seus contingentes evidencia o estado de tensão que havia entre esses países. Muito medo. Muita ganância.
Ao terminar a guerra, já não havia mais os impérios otomano e austro-húngaro, nem a Rússia czarista, nem a Alemanha dos kaiseres e a Inglaterra vitoriana perdia a hegemonia para os EUA. A mudança geopolítica ficou marcada no dia do Tratado de Versalhes que, na real, só preparava os caminhos para mais um conflito internacional, vinte anos depois.
Opressão, submissão, humilhação, isso tudo gera mais medo e mais desejo de vingança. Os erros de diplomacia foram homéricos. A Liga das Nações fracassou. E por quê? Ora, talvez já tivessem perdido uma guerra antes dessa...
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Como ensinou-me um grande filósofo: a Primeira Grande Guerra é, na verdade, nossa guerra interior. uma luta feroz contra nossas sombras - nossos instintos de medo e ganância. E é vencendo essa guerra que garantimos a paz.