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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Como vencer o tempo?

Não que o tempo seja um inimigo; mas pela sua natureza, ele precisa ser desafiado de algum modo.
É como se o tempo fosse um aliado, mas um aliado que, à sua maneira, dá sua contribuição como uma espécie de adversário.  Nos impõe limitações para que possamos superá-las e, ao fazê-lo, sentimos aquele gostinho da vitória.
Tal qual o velho deus romano das duas faces, Jano, podemos acumular dois rostos: um velho e um jovem. Na medida em que ganhamos experiência de vida, ganhamos nossa face de ancião. E se conseguimos cultivar o entusiasmo e o idealismo, ganhamos nossa face jovial.
O ancião em nós confere a maturidade e a prudência necessárias para qualquer investida.
O jovem em nós garante que não paremos jamais, sempre sonhando, sempre buscando coisas novas.
Vencer o tempo é unificar o passado e o futuro. Vencer o tempo significa transcender a limitação do relógio e a limitação das oportunidades perdidas do passado. Vencer o tempo é não se prender às restrições da "falta de tempo" (quantidade) e poder "criar" o tempo necessário mediante uma maior QUALIDADE de tempo.
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Não tenha medo deste adversário: ele é daqueles que nos treinam, que nos tornam mais ágeis e nos permitem crescer. Não seja só um velho ranzinza nostálgico. Não seja tampouco um eterno irresponsável e ingênuo adolescente. Seja os dois, unificamos numa sabedoria que vence o tempo...

sexta-feira, 25 de abril de 2014

? ? ? (para refletir)

- Você achava que este projeto seria legal?
- Sim.
- E foi como você esperava?
- Não.
- Então você se arrepende de ter participado?
- Não.
- Mas você não guarda boas recordações... Foi isso que me disse, certo?
- Sim.
- Bem, mas então essa experiência foi dura e causou-lhe muita desmotivação enquanto estava trabalhando nela?
- Sim.
- Ok, mas então você, se pudesse voltar atrás, evitaria participar do projeto?
- Não.
- Você só responde Sim ou Não?!
- Não.
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Acontece que as experiências - que nem sempre são agradáveis - podem ficar como memória de coisas ruins, chatas, difíceis e até dolorosas. Mas o que importa é a capacidade de refletir sobre elas! Ou seja, concordar ou discordar, querer ou não querer, aceitar ou não aceitar pode ser apenas superficial... coisa infantil, até.
Com as perguntas certas, obtemos as respostas certas: faça você a si mesmo perguntas para entender suas vivências. Isso é o que realmente vai ajudar.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Menos é Mais

Como mostrar os resultados de seu trabalho?
Se apresentamos muita informação, confundimos o interlocutor. Isso vale para, praticamente, qualquer situação. E no caso do ambiente empresarial, os líderes interessados em mostrar os resultados de seus projetos e o desempenho de seu trabalho podem seguir também essa máxima: menos é mais.
Conseguindo identificar as poucas ações que geram a maior parte dos resultados - como a velha regra de Pareto, que sugere uma relação de 80/20 para as relações de causa e efeito -, já podemos informar o chefe de como as coisas estão indo. Simplicidade na comunicação é fundamental num mundo em que todos estão assediados o tempo todo. Conquistar a atenção de alguém - do chefe, especialmente - para comunicar o que estamos fazendo é um desafio.
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Sei que Pareto é super batido. Todo mundo usa este termo nas empresas. Por isso mesmo é útil: simplificamos a comunicação, objetivamos a mensagem e conseguimos mostrar o que queremos mostrar. Menos é mais!

terça-feira, 22 de abril de 2014

The Red Table Strategy

Comprei uma mesa vermelha para meu home office.
Apesar de que estou vivendo uma experiência executiva nestes meses, mantenho meu escritório em casa para minhas atividades docentes e como escritor e palestrante. E agora comprei uma mesa vermelha.
Eu sempre quis uma. E acho que este gesto (um deliberado presente para mim mesmo) simboliza a vontade que todos temos de fazer o que realmente queremos fazer. E como fazer? Aí é que entra a estratégia... Para conquistar o êxito em qualquer empreitada, precisamos de estratégia.
Do famoso livro de Cham Kim "Estratégia do Oceano Azul" aos clássicos de Ansoff e Porter sobre o tema, passando pelos meus favoritos Mintzberg e Patel, podemos descrever a estratégia para uma empresa de muitas maneiras. Mas e a estratégia de carreira, para um indivíduo? Sei que há publicações nessa área também. Mas até hoje não encontrei nada que me satisfizesse. Quem sabe um dia eu mesmo escreva algo sobre o assunto.
Das minhas antigas atividades de coaching (hoje não tenho mais tempo para prestar esse serviço) lembro da metodologia que utilizava e que se baseava no conhecimento de si mesmo - como todo bom filósofo faria - e, então, a elaboração da Identidade Profissional: um constructo que evidencie a originalidade e singularidade de cada um; sua autenticidade, descrita em competências, habilidades, conhecimentos e o que mais possa utilizar para expressar sua individualidade no mundo.
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O que pretendo com este post é estimular-lhe a criatividade e sobretudo a vontade de seguir seu caminho e fazer suas escolhas. A "estratégia da mesa vermelha" (The Red Table Strategy) é a busca pela expressão do que cada um tem dentro de si. Com total autenticidade! É nisso que acredito e é isso que proponho aos meus leitores.
Eu queria comprar uma mesa vermelha. Comprei. Você, o que quer fazer? Faça. Vai se sentir melhor.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Vai voltar mais velho...

Ainda lendo o livro de Ken Follet (são mais de 700 páginas!) pensei em compartilhar com meus leitores a reflexão de uma personagem falando sobre seu irmão mais novo. Ela disse: "...ele sempre foi maduro e responsável para sua idade, e certamente após a guerra vai voltar mais velho."
Nós sempre tornamo-nos mais velhos depois das guerras.
A velhice, neste sentido, não é questão de tempo, mas de experiência. O tempo é só um amigo que ajuda a percorrer um trajeto do qual recolhemos coisas úteis para o nosso desenvolvimento. A experiência é que faz a diferença.
Conhecemos gente velha com pouca idade. Conhecemos gente com mais de sessenta anos com pouca experiência de vida. Isso corresponde a um dos temas mais curiosos da vida humana: o quanto vale à pena viver as coisas que vivemos; e se não seria melhor optar por outro caminho...
Mas a falha na reflexão pode estar no princípio que rege os sonhos de cada um. Quem busca dinheiro, pode se contentar com as cicatrizes típicas disso; quem busca status, reconhecimento e promoção profissional, vai se contentar com outras dores; quem, enfim, busca algo transcendente, maior, idealista, vai assumir os riscos de uma outra guerra.
Cada campo de batalha oferece as suas feridas próprias. Se vamos voltar mais velhos, acho que vale à pena poder escolher quais lembranças, aprendizados e marcas aceitamos trazer junto. E quais não.
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Afora o fato de que as guerras deixam pessoas traumatizadas, afora o fato de que as guerras físicas (com bombas e armas) deixam mortos, temos nela um símbolo sempre repleto de significados. Por que será isso? Talvez porque seja realmente inerente à natureza humana, de um jeito ou de outro.
Mas lembre-se: fazer escolhas também pertence à nossa natureza, e à melhor parte dela. Portanto, escolha sua guerra e escolha sua paz.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Arquiteto de Interiores

Sempre achei legal folhear revistas de decoração. O design, o estilo e a estética proporcionada pelos bons arquitetos é aconchegante. Dá vontade de ficar em lugares assim. Também é verdade o oposto: há ambientes em que não há conforto, não estímulo para o trabalho e as relações.
Acho que o bom líder deve dedicar-se a criar ambientes harmônicos, como se fora um arquiteto. Desenhar o lugar para que as pessoas sintam-se motivadas e interessadas em lá estar para encontrarem-se todos os dias e desempenharem o seu melhor. Nem sempre é assim. Hoje em dia isso pode ser até uma raridade, visto que as organizações refletem a dificuldade de relacionamento humano da nossa sociedade como um todo... É, o pequeno grupo sempre reflete o grande grupo e o interior sempre reflete o exterior.
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Que tal ser um líder capaz de criar bons ambientes?
Você será como o designer capaz de criar ambientes estéticos. E talvez as pessoas lembrem de você quando estiverem folheando uma revista de decoração!