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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Seguir o cargo ou a pessoa?

Autoridade, do latim auctoritas, se define pela capacidade que o líder tem de influenciar as pessoas.
Quanto mais autoridade, mais os liderados respeitam e, eventualmente, admiram o seu líder.
No exercício da liderança, é legítimo apoiar-se no cargo, mas não é o melhor. Sem dúvida que, como líderes, queremos que as pessoas nos sigam pelo nosso poder moral e não porque possam ter manchas suas avaliações de desempenho; ou porque queiram delas tirar proveito. Então, o primeiro argumento é bem simples: como líderes, gostamos que gostem de nós, mais do que nos temam.
O segundo argumento é mais idealístico, cultivado pela esperança de vivermos num mundo melhor. Acho que todos concordamos que precisamos de melhores líderes - na empresa e na sociedade. Como liderados, queremos seguir pessoas cujo comportamento nos dê orgulho de fazer o que fazemos, mais do que simplesmente cumprir ordens.
Como construir autoridade? Trabalhando mais, conhecendo mais, servindo mais. Seja o exemplo de profissional que você quer para toda sua equipe. Faça com que eles sigam a pessoa, não o cargo.
Pode ser, até, que queiram segui-lo caso seja promovido, caso mude de área, caso mude de empresa. Essa seria uma bela evidência de que você construiu uma autoridade que transcende as premiações e punições que possam suscitar o seu título organizacional.
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Lembre-se: caso precise lançar mão do crachá para dar ordens, ok, é legítimo. Mas saiba que as pessoas estão seguindo o cargo, não a pessoa.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A solução para o país (equação diferencial)

Não está nos sistemas.
A solução para o país - qualquer país - está nas pessoas. E sobretudo nos seus líderes.
A equação é evidentemente complexa, cheia de variáveis. E é uma equação diferencial, ainda por cima, aonde a tangente gráfica representa a inclinação do grupo humano em termos de interesses e esperanças. A principal variável são os líderes. E a relação que têm com os liderados é o termo mais difícil de calcular.
A liderança define a direção da maioria das ideias e ações. Seja movendo as massas, seja representando colegiados (de classe, de profissão, de ideologia), seja coordenando organizações e instituições, é na relação entre líderes e liderados que notamos o nível cultural de um povo, o grau de consciência dos seus indivíduos.
Se queremos um país melhor precisamos formar melhores líderes (muito melhores). E formar líderes não é questão de ensinar coisas técnicas, só. É questão de ética e moral, é questão de caráter, integridade e fortaleza interior. É questão de inspirar valores universais, dos quais todos podem tomar como referência para convergir, independente de religião, condição social, gênero ou etnia.
Não é questão de partido, mas de união. Não é questão de separação, mas de coesão. Oligarcas não servem. Tiranos tampouco. A equação não aceita essas incógnitas. Isso seria corrompê-la.
Como tratar disso na prática? Seja a mudança que gostaria para os outros. Dê o exemplo. No seu grupo, seja grande ou pequeno, dedique-se a cultivar e expressar esses valores, pois vai influenciar os demais. Se você lidera de um jeito melhor, já representa este país melhor que tanta sonhamos. Para uns, do futuro. Para você, neste caso, do presente.
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E é uma equação diferencial ordinária, isto é, depende de apenas uma variável independente. Qual é? É óbvio, a educação. Então, como líder, dê o exemplo e defina a inclinação da reta tangente. Eduque-se, constantemente.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Não aceitar

Resignar-se é aceitar as circunstâncias. É assumir a responsabilidade pelo que se quer viver. É enfrentar as situações, não fugir dos desafios.
A resignação é uma virtude, desde que não aflija princípios e valores morais. Também pode ser vista como uma força quando se trata de resistir às intempéries e circunstâncias difíceis que passamos para conquistar aquilo que queremos. Porém...
Quando fere nossos mais sagrados valores, não devemos aceitar. Seja o que for, temos de dar um jeito de modificar a coisa. O efeito é ter a consciência leve. Faz bem para o sono. Quando nos restringe o poder de realização igualmente é um mal. Atrapalha, não ajuda. Ao invés de resistência, que é força, manifesta-se como limitação, que é fraqueza.
A questão então é discernir se estamos aceitando um desafio ou se estamos aceitando ficar parados.
Defrontar-se com medos e incômodos é normal. Na maioria das vezes é até um sinal de que estamos indo no caminho certo - aquele "frio na barriga" é sintoma de que estamos expandindo nossos limites, fazendo coisas novas. Talvez por isso Sócrates dizia que coragem é saber o que temer e o que não temer. Coragem é sabedoria.
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O medo pode ser um aliado. Aceite-o como conselheiro, nunca como fiscal. Não podemos aceitar o comum, o cômodo, o medíocre.
Se, como líderes, resignamo-nos, que vai sobrar para nossa equipe?

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Internacionalização

Há alguns anos aprendi o conceito de internacionalização de empresas. Refere-se não somente à exportação, mas à capacidade geral de competir no cenário mundial. Exportar é parte disso, porém não completa a definição. Há empresas que sim, exportam, no entanto carecem de maturidade gerencial; há empresas que importam, embora não aproveitem outras possibilidades do mercado global.
Que é internacionalizar um negócio? É desenvolver uma estratégia que não se limite às fronteiras do país de origem. É atuar no mundo, estando aonde estiver a sede do negócio. Em itens:
- exportar;
- importar;
- cooperar com outras organizações em termos de pesquisa, desenvolvimento e inovação;
- criar parcerias comerciais;
- recrutar e selecionar profissionais com visão internacional (eventualmente estrangeiros, mas não necessariamente);
- chegar a uma maturidade de gestão equivalente (ou superior?) aos concorrentes do mercado internacional;
- formar lideranças capazes de fazer tudo isso, ajudando a criar uma cultura global e preservando o negócio no logo prazo.
Sobre este último item: parece que é um dos menos trabalhados nas empresas... que pena. Pois é este último que viabilizaria facilmente todos os demais. Quer um negócio internacional? tenha líderes globais.
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A GrandiGaray vai entrar na onda da internacionalização também. Através do Liderata, nosso programa de formação de lideranças, convidamos os sócios de negócios intensivos em conhecimento a participar deste desafio. Venha conosco!