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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Perguntas e Respostas

As respostas satisfazem e geram por vezes uma sensação de alívio. Diante da dúvida, nada melhor que uma resposta. Pois bem, as perguntas também possuem o seu poder. A eficácia das perguntas reside na sua capacidade de pôr-nos em movimento. A dinâmica da reflexão sobre as coisas da vida, depende das perguntas. Quem deixa de perguntar, pára. Morre. Por instantes, mas morre. Há que viver e a pergunta é uma das magas que dá nascimento.
Talvez os existencialistas tenham ancorado demasiado nas dúvidas e sua morbidez os torna, ao menos para mim, avessos a um estilo de vida viril, forte e alegre. Por isso prefiro Platão e Giordano Bruno à Kierkegaard e Sartre. Mas Platão e Bruno perguntavam muito! É que às vezes para ferir a dúvida e sair da inércia não é questão nem de resposta nem de pergunta. É hora de entregar-se à corrente da vida, dedicar-se a uma causa, viver por uma ideia. Eu sei que Sartre também pregava o engajamento. Mas acho que o melhor é viver com vistas no espiritual.
De qualquer jeito, entre perguntas e respostas, sugiro optar pelo movimento. Afinal, não é este o propósito da dialética?
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A dialética platônica também me é mais apraz. Do grego dia logos, através da inteligência, ou entre duas inteligências, ou ligando inteligências, vamos sempre em frente e sempre para o alto. Não basta andar. Há que dirigir-se para cima!

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