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quinta-feira, 26 de junho de 2014

A Gênese da Estratégia

É vasta a literatura sobre estratégia. Mas ainda há falta de entendimento sobre como se dá o processo de nascimento dela na mente dos estrategistas. Eu vou dar minha contribuição para a discussão sobre o tema:
1) A estratégia não é fruto de um processo cognitivo estritamente racional.
Os insights (as visões internas que surgem na mente), tão comuns na formulação estratégica, resultam de intuição, experiência, feeling sobre as coisas. É por isso que por mais inteligente que seja alguém, pode faltar-lhe sensibilidade para perceber aquilo que não é visível. O que se esconde no meio dos dados e da informação utilizada normalmente para as análises do mercado e da concorrência.
2) Isso não significa que o processo racional não seja útil.
Na verdade, ele é fundamental. Seria impossível testar, averiguar, validar as idéias criativas que surgem por insight. A razão faz então o papel de limitador e ajuda a definir o que é viável e o que não é. Junto com a experimentação, com os testes práticos, a razão serve de proteção à mentalidade criativa.
Eu sei que muitos podem achar arriscado isso: querem que a criatividade tenha asas e não tenha os pés no chão. Mas não pode ser assim na vida real. Há que combinar as asas e os pés...
3) Não é questão de um ou outro.
Assim como uma criança precisa, para nascer, de um pai e de uma mãe, a gênese da estratégia igualmente depende de uma dupla faculdade. A visão diferenciada sobre um negócio, o insight para um novo produto, a ideia genial para um novo projeto, o argumento surpresa numa negociação, o famoso golpe de vista de Napoleão, enfim, toda visão estratégica requer o yin e o yang, a criatividade e a racionalidade.
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Precisamos nos acostumar a ver as coisas integradas e pensar ao mesmo tempo com os dois hemisférios do cérebro. Imaginemos que a estratégia é a filha, sendo seu pai e sua mãe, a razão e a intuição. Assim nascem as estratégias.
>> E lembre-se: um casal feliz, pode dar muitos frutos... :)

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