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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Ativismo social muda o mundo?

Não creio que haja tanta diferença entre as multidões que se reúnem hoje - a partir das redes sociais da internet ou através de qualquer outro meio - para fazer passeatas e tudo o mais e as gentes francesas revolucionárias... sejam as do final do século XIX, sejam as de maio de 68.
A verdade é que esses episódios derramam lágrimas (e às vezes sangue) e promovem rupturas violentas cuja duração é muito questionável. Vejamos:
- logo após a Revolução Francesa, voltam os Luíses ao trono.
- logo após Maio de 68, os estudantes voltam para as universidades ler os mesmos livros.
- logo após o Impeachment, no Brasil, a geração "cara pintada" volta a envergonhar-se com a corrupção no país.
- logo após qualquer movimento de massa, perguntamo-nos: isso realmente muda o mundo?
Com internet e redes sociais, pode ser ainda mais estranho, dada a alienação típica desse pessoal que vive uma vida virtual por excelência.
Talvez o ativismo social tenha uma participação na formação das sociedades e até da subjetividade de cada indivíduo que dele participa, mas não creio que isso possa mudar o mundo. A história mostra que essas movimentações ocultam mais do que mostram as verdadeiras forças que orientam as massas.
Portanto, que tal deixar de ser massa?!
O indivíduo consciente, que, antes de tudo se esforça por mudar a si mesmo, esse é o verdadeiro ator da história. Seja liderando, seja seguindo. Já não importa, pois está fazendo suas escolhas. E elas, pelo menos para ele, podem ser duradouras.

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