Páginas

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Fazer polêmica?

Afora o interesse do jornalista que quer atrair audiência, por que fazer polêmica?
A palavra, que vem do grego polemos, já indica o problema: guerra.
Talvez seja herança de Marx, aquele barbudo intelectual que pregava a ditadura do proletariado (e que curiosamente não foi bem um proletário...), baseando-se em um conceito distorcido de Hegel, a dialética.
O materialismo dialético de Marx, além de ser materialista (eu não sou) me causa o incômodo de estar sobre falsas premissas. Uma delas: a história é feita pela luta de classes. Isso é falso! Também acontecem lutas de classes (algumas das quais inspiradas em Marx, por sinal), mas é errado generalizar, esquecendo-se do idealismo, da generosidade, do altruísmo, do voluntariado, da compaixão,  etc. Existem muitas outras motivações humanas, para além das econômicas.
Proponho que não façamos polêmica, mas o seu contrário. Inspiremo-nos na Pax Romana, e tentemos (num debate, numa conversa, numa negociação) verdadeiramente atuar como seres humanos conscientes, que se esforçam para ficar acima da contenda, resolvendo as coisas com solidariedade e generosidade. Parece ingenuidade? Só se for para os fracos, pois fazer polêmica é fácil, difícil é ter cacife para atuar como um cavalheiro. Conclusão: quem faz polêmica (guerra) não é o forte. Quem faz a paz é que é.

Nenhum comentário:

Postar um comentário