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quarta-feira, 16 de março de 2016

Trabalhadores do conhecimento

Quando o simpático velhinho austríaco, Peter Drucker, popularizou o termo "trabalhadores do conhecimento" alguns pensavam que seria o único simpático velhinho austríaco tratando do assunto. Pouco depois dele, no entanto, Fritz Machlup, outro simpático velhinho austríaco, estudava o tema e publicava o The Production and Distribution of Knowledge in the US
Ambos percorreram o trajeto da Europa aos Estados Unidos e, depois de lá se radicarem, não deixaram de estudar o mundo, a sociedade, as tendências, a economia, o comportamento, a gestão e o homem. Machlup chegou a ser presidente da Associação Internacional de Economia, braço da ONU. Drucker ganhou notoriedade na administração de empresas, chegando a ser chamado de o pai da administração moderna. 
Ambos desdenharam o nazismo e optaram por um caminho livre. Não aceitaram o autoritarismo, embora não acreditassem em anarquia. Conheceram outro país, sem negar suas origens. Estudaram a economia, e mantiveram um olhar humano.
Ambos deram exemplo de como um profissional do conhecimento deve ser: eclético, com visão global, humanista. Chegando a influenciar milhares (milhões?) de líderes no mundo todo, até hoje. Temos muito a aprender com seus livros, mas mais ainda com seu exemplo.
Somos muitos no mundo de hoje. Os profissionais ou trabalhadores do conhecimento estão nos escritórios de consultoria, como eu; nos escritórios de advocacia, de arquitetura, nas empresas de engenharia, software, tecnologia; nas agências, estúdios, clínicas, universidades, centros de pesquisa etc. 
Para refletir: que exemplo poderemos nós deixar para as futuras gerações?
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Acho que os profissionais do conhecimento deveriam ser como Machlup e Drucker: globais, ecléticos e humanistas.
E velhinhos e simpáticos? Também. Primeiro simpáticos, depois velhinhos.

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