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quarta-feira, 23 de março de 2016

A melhor versão de si mesmo

Sempre gostei da palavra Areté, que em grego significa virtuosidade e é normalmente traduzida como excelência. Lembro que minha primeira palestra pública foi sobre este tema, em 2001! Já faz tempo.
Continuo considerando este um assunto essencial para qualquer líder. A liderança exige que se ofereça algo aos outros. Influenciar pessoas, cativar seguidores, coordenar equipes, cuidar dos liderados é sempre assunto relacionado ao grau de virtude que se tem.
Para expressar o melhor que temos, há que dominar os instintos e superar as limitações pessoais. Pois o melhor que temos é espiritual, transcende o animal em nós. Daí que Platão afirme que só pode ser um bom político aquele que governa a si mesmo, podendo oferecer suas qualidades aos governados. (Por isso a corrupção não pode ser "do político", pois quando se corrompe, o político deixa de sê-lo. Enfim, assuntos do momento...)
Achei a melhor definição do termo, contudo, com Brian Johnson. O cara tem um canal no youtube bem interessante e sua definição de Areté como a melhor versão de si mesmo é muito simples e precisa. Nossa virtuosidade e excelência é exatamente isso, o melhor que podemos ser, o melhor que podemos expressar.
Werner Jaeger em sua densa obra, Paidéia, fala sobre a formação de "almas de escol" (belo termo também, não?) mediante um treinamento que capacite o indivíduo a proferir belas palavras e realizar nobres atos. Quem de nós estaria impedido disso? Todos nós podemos. Requer esforço, treinamento, capacitação, educação.
O bom líder é assim: fala belamente e faz coisas boas. Você também pode, desde que seja sua melhor versão a atuar. Controlar os impulsos e não falar qualquer coisa; estar atento e não fazer besteiras. Vale à pena. Todos ganham com isso e você também.
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A você, leitor: qual a sua melhor versão?

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