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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Pensando dentro da caixa... certa.

É trivial, já, dizer que temos de pensar "fora da caixa". Então, se preconizar que devemos, ao contrário, pensar dentro dela, serei estranhado?
Acostumados a pensar dentro da caixa das fábricas, muitos sofrem de angústia com a tal desindustrialização. Menos os profissionais ligados à nova economia, a economia do conhecimento. Crescendo a sociedade dita pós-industrial, a "terceira onda" de Toffler, aumentam as possibilidades para as lideranças nascentes de um novo segmento que já se chega a denominar de setor quaternário. Na sequencia do agronegócio, da indústria, do comércio, os clássicos três setores da economia, surge um quarto, baseado em informação, conhecimento e tecnologia: os serviços profissionais.
Mas estes negócios não podem ser pensados dentro da caixa da gestão convencional. São muito diferentes! Seus principais ativos são intangíveis, há muita interação com o cliente e há forte dependência das pessoas (de boas pessoas).
Os serviços profissionais precisam de uma caixa própria. Pensar estratégia e fazer gestão de escritórios de advocacia, arquitetura, contabilidade, empresas de engenharia, software, projetos, agências de design, comunicação, entretenimento, entre tantos outros exemplos, requer um conjunto de conceitos adaptados ao devido contexto.
Temos de pensar fora da caixa das fábricas, e dentro da caixa dos serviços intensivos em conhecimento. Nós, profissionais do conhecimento, merecemos nossa própria caixa.
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Nota: "pensar fora da caixa" significa descontextualizar ou abstrair, para poder refletir, ter insights, criar, inovar, sem as amarras do paradigma dado; mas se, logo, não concretizamos ou contextualizamos de volta, corremos o risco de virar nuvem... inútil.

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