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segunda-feira, 30 de março de 2015

Gerações X, Y e outras letras

Não importa exatamente qual das letras você utiliza para rotular-se; não importa nem mesmo se você se rotula. O que importa, isso sim, é entender que as mudanças da a sociedade e da economia. O trabalhador da era da tecnologia, da informação e do conhecimento veio não como um modismo, mas para ficar. Ao menos, por um tempo... até surgirem novas letras.
E, neste meio tempo, os líderes precisam compreender alguns elementos para lidar com equipes compostas por jovens tão ansiosos, interessados em empreender, perdidos muitas vezes, sem referenciais, com valores incertos ou até duvidosos. Algumas de suas características são estimulantes, outras são assustadoras.
Nem tudo são flores. Eu vejo muitos estudiosos opinando sobre esses jovens como se essa fosse a geração que vai salvar o mundo. Tolice. Nenhuma geração pode ser totalmente boa, nem totalmente má. A produção de cultura - que gera os resultados civilizatórios que vemos nas artes, na ciência, na política, na religião, na arquitetura e etc. - é mais complexa que um julgamento superficial de bom ou mau.
Nem o mundo pode ser "salvo" por uma única geração. Só a humanidade no seu conjunto, em tempo e em espaço, poderá desenvolver um mundo melhor. Ainda que utilizem todo o abecedário para rotular jovens e gerações, nós, líderes comprometidos com organizações mais eficientes e sustentáveis, devemos sim assumir a necessidade de adaptação e coordenação das novas variáveis deste início de século XXI. Conservadorismo, inércia, resistência a mudanças, normalmente não são atributos de bons líderes.
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Porém... por favor, vejam o todo: há coisas suspeitas nessa modernidade líquida: sem valores e sem referenciais morais, por exemplo, não salvamos nada. Nem o mundo, nem uma organização, nem uma equipe de trabalho, nem nós mesmos. Seja qual for a nossa letra.

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