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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Gestão de Serviços Profissionais

Os serviços profissionais - que vendem conhecimento - são vítimas quando geridos dentro do paradigma industrial. Nossos escritórios não são fábricas.
Para os advogados refletirem - questão de justiça: o recentemente popularizado "marketing jurídico" tem erros de fundamento. Aplicar os conceitos do marketing dos negócios convencionais aos negócios intensivos em conhecimento é injusto. Atrair clientes sem fazer publicidade é uma arte da estratégia, não da propaganda.
Para os arquitetos entenderem - questão de estética: a marca e a identidade visual só podem ser criados a partir de uma compreensão clara da identidade do escritório. Coisa que vem dos sócios, obviamente, mas que não se restringe a eles, como pessoas. O escritório é um ente à parte, independente, com seu próprio rosto e expressão.
Para os engenheiros mudarem - questão de matemática: desenvolver negócios é obra de disciplina e probabilidade. Não dá para pensar em vendas por impulso... É questão de ritmo e cálculo para prospectar e cultivar novos clientes.
Para pessoal de software e TI - questão de sistema: o principal é facilitar o trabalho do cliente, do usuário, de todas as pessoas que podem se beneficiar da tecnologia. A técnica não é um fim em si, mas um meio para ajudar pessoas. A questão é como mostrar que você pode acalmar o sistema nervoso do cliente.
Estratégia e gestão em serviços profissionais merece atenção diferenciada. Tem suas próprias leis, sua própria arte, sua própria ciência e seu próprio algoritmo. No Brasil temos muito a aprender ainda sobre isso. E a primeira coisa é adequar o paradigma para não perder o que temos de melhor: nosso conteúdo, nossas ideias, nossa criatividade e nosso raciocínio.
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Em definitivo, por favor: nós não precisamos transformar nossos negócios intensivos em conhecimento em outra coisa. O charme do nosso business é o nosso business.

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