O CRESCIMENTO pode ser gerido? Deve. Afinal, gerenciar não
significa outra coisa que resolver problemas, e há muitos problemas implícitos
na dinâmica do crescimento.
Vejamos, por exemplo, o primeiro
momento: o desejo de crescer. Nessa fase é necessário estratégia e
aproveitamento de oportunidades; é necessário capacidade de execução,
operacional mesmo, pois do contrário o plano não servirá para nada; é necessário
ímpeto, ousadia, empreendedorismo, visão, coragem, por parte dos líderes; é
necessário muita paciência também, pois a ansiedade normalmente corrói os
ânimos e gera muitos atritos, de modo que o clima fica péssimo e o espírito de
equipe dificultado; quem vai gerenciar isso tudo?
No segundo momento
de uma empresa em crescimento: vai precisar de capital, pois alguém terá de
financiar as aquisições, investimentos e o capital de giro que viabiliza o
aumento da capacidade decorrente do aumento das vendas; vai precisar de
pessoal, especialmente lideranças, uma vez que o trabalho vai crescer e alguém
terá de se responsabilizar por ele; vai precisar de controle, pois a estrutura
de custos vai mudar e se não houver atenção, pode ser que se perca dinheiro
apesar do aumento da receita; vai precisar de nova infra-estrutura e
possivelmente vai precisar de novas ferramentas de TI; enfim, vai precisar de
muita coisa. Como se gerencia esse complexo de coisas?
Agora, no seu terceiro
momento, já no seu novo patamar de tamanho – finanças, quadro de pessoal,
vendas, clientes, mix de produtos, infra, etc – a empresa em crescimento
precisará consolidar seu status, pois vai certamente conhecer novos desafios:
um novo tipo de concorrência, um novo tipo de demanda do governo, uma nova
demanda do sindicato, uma nova demanda da comunidade, uma nova demanda dos
clientes, etc. De onde virá a inspiração e o conhecimento para gerenciar tantas
novidades?
No primeiro momento,
é importante avaliar o potencial de crescimento da empresa e definir uma
estratégia para crescer.
No segundo momento,
é necessário desenvolver lideranças e ajustar o organograma para o agora e
prepará-lo para o amanhã.
No terceiro momento,
é hora de criar evoluir a cultura da empresa para um estágio de maior
maturidade, combinando a visão de mercado com as exigências internas.
Há ainda um quarto
momento, onde se poderia pensar então no desafio da PERPETUIDADE. Mas este
é outro desafio. Para outro texto.
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