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terça-feira, 19 de junho de 2012

Mão-na-massa

Não lembro se era um ministro ou um secretário do ministério. Mas os manifestantes, em Brasília, desafiavam o executivo a ir até o pátio da esplanada e consertar o motor do veículo. O teste era direto: "Você, que está no comando, entende mesmo do nosso negócio"?
Todo integrante de uma equipe tem pensamentos deste tipo. Às vezes falam; às vezes só pensam. Contudo, as lideranças sempre sofrem a ameaça da provação pelas suas competências mais fundamentais. O conhecimento técnico do negócio, é claro, vem em primeiro lugar. Afinal de contas, é este o domínio que tem a maioria dos colaboradores na empresa. A autoridade, enfim, é questionada eventualmente por esta ou aquela habilidade que o líder possa ou não demonstrar. A capacidade técnica de fazer as coisas acontecerem dentro do seu negócio é essencial.
Mas veja que não é só questão de conhecimento. Há que se expor a pôr a "mão-na-massa" e garantir os resultados - se preciso for - sem a ajuda de ninguém. O líder vai à frente e se é necessário, usa as próprias mãos para resolver os problemas.
Júlio César lutava no campo de batalha junto com seus homens. Alexandre Magno fazia o mesmo. Nelson Mandela viveu todas as agruras que os demais companheiros viveram (talvez maiores). Os grandes líderes não tem medo de "sujar as mãos de graxa".
Você que me lê agora, tem algum receio disso?
O executivo de Brasília, convidado a arrumar o motor do carro não teve medo. Ele fez o motor funcionar. Os manifestantes, antes com gritos de desprezo, aplaudiram-no. Acabou a manifestação. Ali estava um líder de confiança.

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