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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Liderança e Domínio.


Domínio significa possuir, controlar, deter a razão, ter a soberania, ser obedecido. A palavra vem do latim e se refere a Domina e ao Dominus, ou seja, a senhora e o senhor do lar (domus). Dominar é ser o senhor, a autoridade.
Um líder precisa, em primeiro lugar, ser o senhor de si mesmo. Já dizia Platão que os dirigentes precisam ter força e compostura. Já que serão seguidos por outros, precisam dar o exemplo e isso depende de uma qualidade de caráter forte, resistente.
Em segundo lugar, o líder precisa dominar a arte das relações humanas. ATENÇÃO! Não é dominar as outras pessoas. Ao liderar, somos seguidos, não precisamos dominá-los. No entanto, para sermos seguidos, precisamos conhecer e saber utilizar habilidades de convivência, empatia, persuasão, diálogo, entendimento e comunicação. Isso tudo é que precisa ser dominado. Neste caso, não é necessário tentar dominar ninguém – isso é para tiranos, e é medíocre do ponto de vista espiritual.
Terceiro: há que dominar o ambiente à sua volta. No caso das empresas, o locus profissional é definido por uma área, equipe ou departamento que se gerencia. Dominar o seu negócio, inclusive tecnicamente, é fundamental para o líder atuar com alto desempenho. Daí para loci (lugares) mais complexos – como uma empresa inteira, no caso de um líder-empresário – é só questão de imaginação... E, claro, será ainda mais difícil.
Poderíamos citar uma quarta esfera de domínio: o mercado, as relações com a comunidade, o governo, os investidores. Enfim, os chamados stakeholders do ambiente externo à organização.
Vejam que a formação de lideranças passa pela avaliação do grau de domínio destes potenciais líderes. Dependendo do caso, terá de ser instruído no domínio maior de si mesmo; ou, noutros casos, terá de desenvolver habilidades de comunicação, entendimento das outras pessoas, diálogo, etc; às vezes, vai precisar aprender mais sobre o seu negócio, sua área de trabalho; para as altas lideranças, pode ser necessário aprender a lidar com os acionistas, a comunidade ou o Greenpeace! Cada um com seus problemas...
O melhor é pensar que as coisas, por mais difíceis que possam ser, são bem aproveitadas quando encaradas como são. Isto é, formar lideranças dá muito trabalho. Requer muita dedicação, atenção, paciência, orientação. Requer ensinar muitas coisas. Obviamente o consultor (ou coach, se preferir) deve ter experiência como líder também e deve saber “na pele” de que se trata tudo isso. Assim fica mais fácil orientar.
E você que me lê? Qual o seu grau de domínio nestas esferas, hein, Don?

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