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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Custo ou Benefício?

Valor não é igual a preço. E o preço de um produto, pedimos desculpas à Marx, nem sempre depende do tempo que se consome no trabalho. Todo economista sabe disso. Nós, profissionais do conhecimento também deveríamos saber.
Vejam: muitos consultores, advogados, arquitetos, contabilistas, engenheiros, tecnólogos, publicitários, entre tantos outros, normalmente cobram seus honorários (PREÇO) baseados numa quantidade de horas dedicadas à realização do trabalho. Não é que seja errado, mas neste caso a equação fundamenta-se em gasto de tempo (CUSTO), não em benefícios ao cliente. Do contrário, se pensamos em precificar nossos serviços mediante um cálculo ou estimativa dos resultados que nosso cliente obtém (VALOR), vamos para o outro lado da equação, muito mais rentável para o profissional e, deveras, muito mais justo para o cliente, que no fundo quer a solução para o seu problema o mais rápido possível, não?
Só que essa conversa não é tão simples. Culpa ou não de Marx, a maioria das pessoas tende a ver valor somente naquilo que leva tempo para ser produzido. Se a solução aparece rápido, há um preconceito de que se deve pagar menos por ela. Ou seja, todos nós tendemos a ver o gasto de tempo como a causa do valor. E isso sim está conceitualmente errado, pois é um sofisma, uma generalização imprópria.
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Há coisas que, de tanto valor, não tem preço. Mas também há coisas sem valor, pelas quais ninguém pagaria nada para ter. Se você valoriza seu conhecimento, sua experiência, sua criatividade, aprenda a dar valor a ele. Do contrário, você será sempre um custo, não um benefício.

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