Os negócios intensivos em conhecimento envolvem aqueles mais moderninhos, os serviços tecnológicos, bem como aqueles mais tradicionais, os serviços profissionais. Neste último caso, uma das provocações mais comuns é: o quão profissional é o seu escritório de serviços profissionais?
O fato de ter conhecimento técnico em uma determinada área (anos de formação acadêmica, experiência prática, criatividade, especialização etc.) não significa que você domine as disciplinas de estratégia e gestão do negócio. Óbvio? Nem sempre. Não raro, encontramos escritórios cuja característica é um potencial de desenvolvimento reprimido pelo seu próprio modelo de gestão e pela falta de uma estratégia clara de crescimento. As desculpas são variadas...
- Falta tempo para "pensar o negócio". Os sócios dedicam-se aos clientes e a tudo o mais, menos ao próprio escritório como um ser que demanda sua própria atenção.
- Falta foco. Os sócios têm várias ideias. São tantas, porém, que fica difícil priorizar e planejar as ações.
- Falta "fazer acontecer". Os sócios sabem o que precisam, já tomaram suas decisões. Mas, por algum motivo, não conseguem pôr em prática porque as urgências se sobrepõem as projetos estratégicos.
- Falta humildade. Os sócios não aceitam que, sendo especializados no seu negócio, deveriam contratar outros especializados em estratégia e gestão. (Neste caso, nós, consultores).
Se uma das características das organizações intensivas em conhecimento é o aprendizado, os sócios e demais líderes dos escritórios de serviços profissionais podem aprender a dar atenção e a devida importância a esses assuntos... Coerência básica: se quero ser valorizado pelo que sei, devo valorizar o que o outro sabe. Cada qual com sua especialidade, cada qual com o seu tema de trabalho. Enfim, cada macaco no seu galho.
Como diz Steven Pressfield em seu maravilho "Guerra da Arte": Um profissional contrata profissionais!
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Para quem acha que a metáfora do macaco pode ser inadequada para profissionais do conhecimento, eu concordo. Contudo, parece que para certas coisas até os macacos sabem mais do que o mais arrogante e prepotente dos humanos.
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