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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Sutil arte de ajudar

Tenho ajudado uma pessoa que está gerenciando um projeto. Ontem mesmo perguntei-me: como discernir e regular a presença e o apoio, sem invadir as funções daquele líder.
Como consultor, não posso me intrometer nas decisões dos executivos, nem ficar tão distante que não consiga ajudar. Existe um modo ótimo de trabalho. Como numa curva de Gauss, aonde o cimo é a posição ideal. O que vem antes é desinteresse ou indiferença. O que vem depois é intromissão, exagero.
É preciso observar-se com honestidade e discernir então se o que estamos fazendo é realmente para o bem da outra pessoa ou se há um pingo de vaidade (para dizer que sem a minha ajuda ele não conseguiria fazer) ou de egoísmo (o problema, afinal, não é meu, é dele). A sutil diferença só pode ser percebida na atitude interior de cada um. O comportamento pode até enganar quem olha de fora, mas a consciência, quando nos observamos com clareza, sem rodeios, vai mostrar a verdade.
Intrometer-se não é o mesmo que ajudar. Ajudar é um ato de bondade e sempre causa bons sentimentos em quem participa do trabalho. Intromissão é ato de prepotência e sempre gera atritos. Nem vou falar da indiferença, pois não gera nada, é estéril.
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Qual é a distância certa para ajudar? Não é tanto uma questão de distância, e sim de intenção. Quando a intenção é sincera, não se erra na dose. O coração, neste caso, sabe mais que o cérebro.
É mais uma questão de amizade que de inteligência.

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