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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Liderança no Contexto

Liderança depende do contexto.
Há aquelas teorias (situacionais e contingenciais) que versam sobre o tema e quero aqui apenas destacar alguns elementos bem empíricos.
- O grupo de seguidores. Há os que são inertes e dependem de muita força de motivação imposta pelo líder; há os que tem iniciativa; há que são intransigentes e teimosos, mas que quando "compram a idéia" podem até se tornar fanáticos; há aqueles que são bons soldados; há os que apóiam muito bem numa reunião de trabalho; há liderados com perfil analítico e ajudam no olhar crítico; também há os criativos que vem sempre com novas (e boas) idéias; há obviamente os que sempre têm idéias (e até demais...). E etcétera.
- O trabalho a ser feito: lideramos em diferentes situações onde o trabalho pode ser manual, braçal e físico; pode ser uma tarefa bem mental, exigindo análise, planejamento, busca de informações, gráficos, tabelas, suposições, testes racionais e conversas em profundidade; podem ser trabalhos que exigem criatividade e intuição, imaginação e "quebra de paradigmas"; o trabalho pode ser também emocional, determinado pela motivação e o ritmo que se consiga atingir para chegar ao fim de um projeto desgastante, por exemplo; pode ser até mesmo uma tarefa que envolve lidar com os instintos de preservação e o medo, como no caso de um negócio com risco de falência ou com alavancagem financeira exagerada.
- O conhecimento que o líder tem das pessoas. Obviamente não depende só de quem são os liderados, mas de que o líder os conheça. Isso toma tempo. E além de conhecer as pessoas, o histórico de relacionamento com os integrantes do grupo interfere também na autoridade que possui diante os liderados. Depende de fatos e situações passadas, da confiabilidade que surgiu entre eles. E o grupo tem uma realidade em si, portanto, é de se notar como eles se relacionam entre si, independente do líder influenciar. Daí se pode ver o quanto e como deverá influenciar para gerar, por exemplo, coesão.
- As influencias externas. Sabem os executivos das multinacionais com filiais em diferentes países que as crises econômicas, políticas, meteorológicas entre outras podem gerar problemas. Mesmo no caso de um gerente de projetos, um empresário de uma pequena empresa, um gestor de uma área de uma organização, todos devem reconhecer os limites de controle e ingerência que possuem e considerar os riscos do exterior. Talvez haja até a possibilidade de identificar oportunidades.
- A condição do líder no momento em que lidera. Pois já temos falado muito aqui no Blog sobre a necessidade de conhecer-se e dominar-se ANTES de liderar aos demais. Mas nunca é tarde para recorrer a este tema e considerar as variações que temos ao longo do dia ou da semana sobre a auto-afirmação e o auto-controle. Às vezes somos pegos de surpresa. Isso também há que considerar.
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Além destes elementos poderiam ser elencados: tecnologia, recursos à disposição, tempo, clima organizacional, e muitos outros. Fica para uma outra postagem.

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