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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Música da Equipe


São conhecidas as associações do líder com um maestro.
Há os que preferem a associação com uma banda de jazz, visto que na orquestra as coisas podem parecer muito paradas e com pouca adaptação; eu gosto de jazz (Miles Davis, em especial), mas também escuto música erudita (neste caso, Mozart, sem dúvida).
Para além das preferências de metáfora – ou de gênero – podemos relacionar o trabalho de uma equipe bem coordenada com alguns elementos das canções, tais como: ritmo, melodia e harmonia.
O ritmo é a expressão dos intervalos de som e silêncio no tempo. Daí vem facilmente a imagem do compasso típico de batidas como o samba, onde a percussão define bem o ritmo. Numa equipe com ritmo, o líder consegue equilibrar tarefas e conversas, ações e reflexões, ritmos e também contra-ritmos. Às vezes há que fazer um esforço acima do normal e a liderança precisa conseguir isso de seu time. Às vezes pode-se relaxar e resgatar lições aprendidas. Planejar, executar e replanejar e agir novamente. Tudo num compasso ritmado. Som e silêncio.
A melodia é o “desenho” da música e uma equipe em atuação também tem o seu estilo, seu design, sua maneira de fazer as coisas. A cultura do grupo é de um valor inestimável para o líder. É aí que se encontram valores, competências distintivas, procedimentos experimentados com o tempo e conhecimento adquirido pelas diversas provações do dia-a-dia. Direcionar a cultura organizacional é desenhar na história da empresa um rastro único. E uma equipe com melodia pode ser percebida bem de imediato. É como ouvir apenas algumas notas da música e já reconhecê-la.
E a harmonia é a complexa trama de arranjos instrumentais que deixa hipnotizado o ouvido treinado para percebê-la. Assim como alguns se deliciam ao escutar uma ária de Bach ou uma forma progressiva à lá Pink Floyd, para o líder experiente a harmonia de um grupo de trabalho harmonizado é música. É beleza. É genial!
E como saber se sua equipe toca boa música? Fique tranqüilo, todos da empresa vão escutar e ficar encantados. Talvez até balancem o pé ao seu ritmo, embaixo da mesa. Talvez se movimentem pela empresa copiando sua melodia como num assovio. Talvez se harmonizem junto com seu grupo ou até mesmo numa sala de reunião o mirem hipnotizados.  E lembre-se: não importa se Miles, Mozart ou Chico Buarque. Boa música é boa música. 

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