Páginas

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Os dois olhos dos gatos

Do excelente livro de Patrick McKenna e Gerald Riskin, aonde o título "Pastoreando Gatos" (Herding Cats) reproduz a famosa metáfora da liderança nos serviços profissionais, extraio para reflexão uma frase: seu escritório não pode nunca ser algo que o líder não é*.
Podemos entender essa frase de duas maneiras. Ou o líder é uma parede, um limitante, uma assíntota que impede os demais de irem além, ou o líder é um espelho que ao se permitir ser algo, viabiliza que todos os demais também o sejam.
No primeiro caso, seria positivo ver esses limites como uma proteção, um círculo mágico que garanta, dentro dele, o máximo desempenho, a boa convivência, a integração à cultura do negócio. O aspecto negativo seria imaginar alguém que atrapalha, que impede que os demais profissionais se desenvolvam, cresça e realizem bons trabalhos.
No segundo caso, seria bom se o líder fosse um exemplo moral, ademais de um profissional de gabarito. Assim ele torna-se um modelo, um parâmetro de desempenho e comportamento. O seu lado ruim seria uma pessoa que influencia para o mau humor, a desmotivação e os conflitos.
Já vi gente assim, nos seus dois aspectos. É como se os gatos tivessem, nos seus dois olhos, a propriedade de libertar e proteger, simultaneamente. Porém, se forem maus felinos podem, ao revés, desmotivar e limitar (olhos fechados).
Para pastorear gatos, há que ser gato. O melhor deles, eu diria. Com os olhos bem abertos e luminosos, apoiando e ajudando os outros felinos a usarem sua criatividade, experiência, sagacidade e know-how. Um bom líder inspira, e todos gostam de trabalhar com ele.
----
Você é sócio de um escritório? É gerente ou coordenador de equipe? É, talvez, um profissional de referência para seus colegas? Não importa o cargo, importa que se você quiser "pastorear gatos" precisa ser o melhor deles... com os dois olhos bem abertos.

*no original: your firm can never be something the leader is not.

Nenhum comentário:

Postar um comentário